Criação de Truman Capote, a personagem Holly Golightly, imortalizada no cinema por Audrey Hepburn, é uma das protagonistas mais carismáticas e divertidas da literatura moderna. Um dos elementos constitutivos de seu charme é a irreverência, até hoje marcante - afinal, muitas das atitudes de Holly ainda são consideradas tabu nos tempos que correm.
Nem apenas de uma boa criação vive um autor, contudo; se a novela de Capote alcançou tanta popularidade, grande parte disso se deve ao estilo, absolutamente envolvente. Assim como a protagonista gera a curiosidade e quase a obsessão do narrador, nós também, como leitores, nos vemos envolvidos pela prosa agradável e estimulante da obra.
O volume conta com outros três textos (cuja extensão varia entre o conto e a novela): Una casa de flores, Una guitarra de diamantes e Un recuerdo navideño. Ainda que também sejam bem articulados, talvez apenas o último se destaque tanto quanto a história que intitula a obra.
Sobre o filme, é preciso ressaltar que, mesmo com uma alta qualidade, não supera o texto original - ainda que seja um excelente complemento. Alguns elementos de moralidade, ausentes na novela de Capote, aportam uma ideologia muito datada à película. Assim, além de forjar uma história de amor, também exagera estereótipos, como o do ator europeu que imita sarcasticamente um chinês. Talvez a crítica pareça anacrônica aplicada a um filme dos anos 1960, mas é apenas é uma ressalva sobre como Hollywood não soube acompanhar a modernidade do escritor.
Nem apenas de uma boa criação vive um autor, contudo; se a novela de Capote alcançou tanta popularidade, grande parte disso se deve ao estilo, absolutamente envolvente. Assim como a protagonista gera a curiosidade e quase a obsessão do narrador, nós também, como leitores, nos vemos envolvidos pela prosa agradável e estimulante da obra.
O volume conta com outros três textos (cuja extensão varia entre o conto e a novela): Una casa de flores, Una guitarra de diamantes e Un recuerdo navideño. Ainda que também sejam bem articulados, talvez apenas o último se destaque tanto quanto a história que intitula a obra.
Sobre o filme, é preciso ressaltar que, mesmo com uma alta qualidade, não supera o texto original - ainda que seja um excelente complemento. Alguns elementos de moralidade, ausentes na novela de Capote, aportam uma ideologia muito datada à película. Assim, além de forjar uma história de amor, também exagera estereótipos, como o do ator europeu que imita sarcasticamente um chinês. Talvez a crítica pareça anacrônica aplicada a um filme dos anos 1960, mas é apenas é uma ressalva sobre como Hollywood não soube acompanhar a modernidade do escritor.
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