Na minha trajetória como leitora, consigo mapear claramente a influência de poucos livros, enquanto a maioria entremeia suas palavras à minha própria narrativa de vida de forma mais obscura, sem deixar traços evidentes que me permitam refazer esse caminho. Houve um livrinho de Tchekhov encontrado em um ferro-velho que me levou às Letras (e a cursar um ano de russo); os quadrinhos de Mafalda, que me desviaram do frio europeu para cursar o espanhol hermano; o "Cultura letrada", de Márcia Abreu, que estabeleceu um novo paradigma nas minhas conversas sobre literatura com alunos... e agora, na quarentena, houve o "The Peregrine". Ao buscar informações sobre o livro na internet, encontrei um vídeo intitulado "The book is so good that is impossible to read". A definição é certeira, ainda mais para quem dá de cara com a barreira da língua e de um vocabulário técnico-científico intransponível na tradução. Sem dúvida, é uma obra a que precisarei voltar com calma, de...