A premissa do filme poderia servir tanto para uma comédia como para um drama filosófico: é a história de um homem que acabou de completar 50 anos e leva uma vida bastante saudável... até ter um infarto. Depois do episódio, resolve se render a todos os prazeres de que tinha abdicado até então, em nome da saúde.
Sem piadas o suficiente para se tornar uma obra engraçada, tampouco traz reflexões que o situem além do confortável nicho da classe média alta. É uma obra com um interlocutor específico — quem sofre de white people problems — e que entra na onda de produções voltadas para um público quarentão/cinquentão, com a mensagem de que dá para aproveitar a vida em qualquer idade. Assim, o objetivo é criar identificação com quem já viveu meio século, mas está longe de se encaixar no estereótipo do vovô que joga gamão para passar o tempo.
Com alguns clichês franceses (como várias cenas de pessoas comendo e discutindo, banalização de relações extraconjugais e frisson enólogo), é um filminho leve, sem muita pretensão — e tampouco sem qualidade excepcional.
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