Uma biografia todinha socada em 2 horas de filme. Ainda que tenha pontos positivos, a impressão que tive ao assistir à obra sobre Wilde é que ela seria muito melhor desenvolvida em uma série, com espaço para os acontecimentos e sem os cortes bruscos entre uma passagem e outra da vida do autor retratado.
Outro ponto que combinaria melhor com uma série é o fato de não haver carga dramática o suficiente, por mais que Stephen Fry se assemelhe fisicamente ao protagonista. As cenas de descoberta da sexualidade são boas, e poderiam ocupar boa parte da trama de uma produção televisiva mais longa. Assim, quem sabe, o desfecho trágico de Wilde (tão superficialmente retratado) nos incomodaria menos, já que não seria a proposta principal.
Ainda sobre Fry, também me incomodou não escolherem nenhum outro autor para interpretar Wilde nas diferentes fases da vida. Em uma época pré-tecnologias sofisticadas de edição, fica difícil de engolir um senhor de 40 anos interpretar um menino de 18.
O que se salva, então, do filme? Uma bela produção de época e as tiradas de Wilde, que são atemporais.
Comentários
Postar um comentário