As Canções de atormentar me deixaram na expectativa de um livro questionador e forte – o que realmente o é –, mas o sentimento que me dominou durante a leitura foi o de uma paradoxal diversão. Do que mais gostei no novo livro de Angélica Freitas foi da ironia, do discurso em tom de deboche que aparece em alguns poemas.
Textos com uma verve mais política também despertaram minha atenção, ainda que de forma bem mais sutil do que a de Um útero é do tamanho de um punho. Gosto do conjunto e da identificação que encontro na voz da poeta, mas não é uma obra que tenha me impactado especialmente. Talvez esperasse sair mais atormentada de uma leitura que, ao final, me resultou leve, uma vez que partilho de muitos dos posicionamentos da poeta.
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