À primeira vista, o tema deste filme pode parecer mais social do que necessariamente relacionado com o mundo dos livros e da escrita; no entanto, a obra é uma pérola de nicho. Para aqueles que buscam produções que tematizem o eterno amor sobre os livros, o longa é uma pedida excelente. Leve e, contudo, crítico, é uma empreitada surpreendente.
Um dos pontos de que mais gostei na narrativa é o fato de tematizar um assunto pouquíssimo conhecido – como as bibliotecas públicas são, muitas vezes, uma possibilidade de acesso a itens básicos para pessoas em situação de rua. Seja a possibilidade de escovar os dentes, tomar água, seja a de acessar a internet ou exercitar a leitura.
As reflexões sobre o que significa viver de livros permeiam a obra e são uma delícia para quem compartilha do mesmo tipo de existência. E o final imprevisto (entre doce e trágico) só coroa uma produção que tem todos os elementos que fazem uma narrativa inesquecível para mim.
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