Aprender a olhar para o outro é uma das lições que tiramos quando nos damos o tempo de contemplação da natureza. Seguir o ritmo de vida de um animal em seu ambiente característico é uma aventura repleta de descobertas, mesmo que pareça uma atividade desprovida de propósito e de um fim utilitário no meio em que vivemos.
Muito do que vi no esforço do protagonista do documentário em acompanhar a curta vida de um polvo no mar reflete os ensinamentos de um de meus livros preferidos: The peregrine, de J. A. Baker. Aos poucos, o limite entre quem observa e quem é observado se dilui, levando inclusive o espectador da obra a repensar seu lugar dentro desse pequeno ecossistema.
Pensar como um polvo, retraçar a linha de raciocínio do animal e ainda se surpreender com suas artimanhas de caçador são algumas das boas descobertas que o filme proporciona. Além, é claro, da fundamental ideia de que somos parte da natureza, e não uma visita.
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