Nesta roda, temos três histórias que tratam da coincidência e de atos falhos que determinam, para sempre, o destino das personagens. Os acasos que permeiam a trama não são o suficiente, entretanto, para ligar a vida das protagonistas – cada uma das três narrativas é um conto isolado, sem relação com os demais.
Os bons e longos diálogos provavelmente são o elemento mais bem construído do todo. Com estranhamento, silêncios, pausas, as conversas se desenrolam de modo surpreendente e vão revelando muito de cada um dos interlocutores.
A primeira trama, sobre um casal de ex-namorados e uma amiga em comum, é a mais fraca e também mais novelesca do conjunto. A segunda, sobre uma aluna que tenta seduzir seu professor, tem bons momentos (e traz um diálogo hilário sobre o mercado editorial, ao final). A terceira, por fim, talvez seja a que mais dependa do acaso, unindo duas completas desconhecidas – e, para mim, também é a narrativa mais bonita e delicada.
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